sábado, 3 de outubro de 2009

Sou Fã!

Embora o maior volume dos exercícios do corredor seja mesmo correr, é bom experimentar actividades que ajudam o corredor a melhorar o desempenho geral. Quem apenas corre mais cedo ou mais tarde convive com as contusões e muitas vezes as lesões definitivas. Isso pode ser evitado com um melhor condicionamento físico.

SPINNING.
Não é uma bicicleta comum. A sua robustez permite ao praticante pedalar em pé ou sentado, com ou sem esforço, porque o sistema de transmissão e a roda dianteira pesada geram uma inércia possibilitando essas manobras.
Em paralelo, também com características similares surgiu o RPM do sistema Body Systems e o Ciclismo In Door.

Em nível muscular o spinning é bastante adequado ao corredor porque recruta basicamente os mesmos músculos da corrida, só que promovendo melhor sincronismo e necessitando inclusive certo aprendizado motor para fazer girar os pedais com a mesma força nos 360 graus. Os glúteos (nádega), os quadríceps (coxa), os gastrocnémios (batata da perna) e os posteriores de coxa são os mais beneficiados. Entretanto, os flectores de quadril, os adutores, abdutores de coxa, os anteriores de perna e até os dos pés estão sempre presentes, ajudando a manter o movimento em círculo de modo regular.

Embora seja o mesmo grupo muscular do ato de correr, a solicitação motora é diferente, promovendo mais harmonia nos músculos de quem corre. Um bom exemplo disso são os músculos vasto medial e lateral que fazem parte do quadríceps (músculos da coxa). Muitos problemas de joelho do corredor tais como desvios da patela (antiga rótula) são ocasionados pelo diferencial de força entre eles. O ato de correr desenvolve mais do lateral e o de pedalar corrige, bastando comparar as coxas do corredor e do ciclista, que são nitidamente diferentes. As dos ciclistas exercem força equilibrada nos dois lados do joelho, medial (dentro) e lateral (fora).

Pedalar certinho nos 360º requer desenvolvimento da coordenação motora e das estruturas neuromusculares, qualidades desenvolvidas com uma boa aula de spining. Em vários momentos, as manobras podem requerer a manifestação da potência, da força explosiva de média ou curta duração, valências físicas que o corredor precisa em vários momentos de uma corrida com percurso variado com trechos retos e planos, ladeiras, descidas ou na hora de decidir uma chegada.

Outra grande vantagem em relação à corrida é a questão do impacto que no spining é bem menor. Corredores em período básico, transição ou mesmo contundidos podem ser estimulados a pedalar para não ficarem parados e/ou desenvolver outras qualidades físicas.

Não dá para negar. Os triatletas têm pernas mais fortes, músculos melhor definidos e quando entram em provas apenas de corrida fazem bons tempos. E estatisticamente têm menos contusões que o corredor.

Por Luiz Carlos de Moraes

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