Eu
sei que se "fala" muito... que se lê muito e muitas vezes são repetições e
repetições de informação, mas eu acho este artigo muito interessante,
portanto, partilho aqui para quem quiser ler....
1.TREINE PELO MENOS TRÊS VEZES POR SEMANA.
É o mínimo para os efeitos da corrida começarem a ser sentidos. Apenas a partir
deste ponto, começa a haver a supercompensação, pois os intervalos entre os
estímulos não ficam tão grandes e o corpo pode realizar o processo de adaptação
ao esforço.
2.AUMENTO DE VOLUME DEVE SER GRADUAL.
Não eleve o volume dos seus treinos abruptamente, tentando atingir cargas
elevadas em pouco tempo. Deve-se aumentar o volume semanal em no máximo 10% por
vez.
3.TREINE EM GRUPO APENAS UMA VEZ NA SEMANA.
Corra em grupo apenas um dia por semana, no treino de intensidade média. Nos
outros, corra sozinho, pois há o risco de o grupo aumentar o ritmo dos treinos
regenerativos ou de diminuir o ritmo dos de alta intensidade. Alguém do grupo
sempre estará correndo fora do ritmo correto. Nos treinos orientados por um
técnico, esse perigo é minimizado pelo planejamento individual semanal.
4.TESTE DA CONVERSA. Nos
treinos de intensidade média, realizados entre 65% e 75% da FCmax, o ritmo deve
possibilitar você conversar normalmente com seus parceiros de corrida. É um
referencial para medir seu esforço.
5.OS ORGANISMOS SÃO DIFERENTES.
Esqueça os conselhos dos parceiros de corrida. Cada corpo tem características
próprias e o que serve para eles não necessariamente é o melhor para você.
6.RESPEITE OS PERÍODOS DE DESCANSO.
Entre os treinos é necessário um período de descanso para seu corpo se
recuperar dos desgastes, realizar a supercompensação e também evitar lesões e
fraturas. Treinar antes de o corpo completar esse processo prejudica sua
performance. O período de descanso é maior quanto maior o volume ou intensidade
do treino.
7.APROVEITE A RECUPERAÇÃO ATIVA.
Parte do descanso pode ser feita com recuperação ativa, que consiste em
realizar atividades físicas paralelas de baixo impacto, como natação e
ciclismo.
8.DIMINUA O VOLUME AO FINAL DE CADA MESOCICLO.
Essa diminuição no último microciclo de cada mesociclo serve para o corpo se
recuperar do desgaste. Esse microciclo recuperativo pode ser adiantado caso
seja necessário, afinal você deve acompanhar sua evolução e avaliar se está se
sobrecarregando.
9.EVITE O OVERTRAINING.
Evite sobrecargas exageradas para não entrar em overtraining, ou seja, queda de
rendimento por excesso. Após um treino longo ou de alta intensidade, deve vir
um treino regnerativo ou um dia de descanso. Siga com rigor sua planilha, pois
nada que é exagerado é produtivo.
10.CALCULE A DISTÂNCIA PERCORRIDA.
Se onde você corre não há marcadores de distância, utilize métodos
alternativos. Muitas cidades adotam a numeração métrica, que dá aos imóveis os
números aproximados em metros da distância do início da rua. Para lugares onde
não há nenhuma forma de medir, faça o trajeto do treino de carro, de bicicleta
com marcadores, pedômetro ou monitor cardíaco com GPS, ou ainda, calcule o número
de quarteirões -em média seis quadras completam um quilômetro.
11.A RECUPERAÇÃO COMEÇA LOGO APÓS O TREINO.
Alimente-se e hidrate-se logo que acabar um treino de alta intensidade ou
volume, pois a primeira hora após o exercício é a mais importante do processo
de recuperação, que, no entanto, é contínuo e depende também da qualidade do
sono e do descanso.
12.NÃO CORRA MUITO TARDE À NOITE.
A corrida faz o seu corpo liberar substâncias estimulantes. Por isso, planeje
seu treino pelo menos para três horas antes do seu horário de dormir, pois seu
organismo precisa de algum tempo para voltar à estabilidade.
13.ENCONTRE A PROPORÇÃO PERFEITA.
Adapte a distribuição dos treinos aos seus objetivos. Maratonistas têm de ter
um volume maior nos longos, com cerca de 60% do volume em treinos de
intensidade leve e apenas 10% de alta. Já corredores de 10km precisam de 40% do
volume de carga leve e de 20% em intensidade alta.
14.CONHEÇA SEU RITMO. A cada
treino, preste atenção no ritmo em que está correndo e na sua percepção de
esforço, para reconhecer o que é fraco, moderado, um pouco forte, forte, e
muito forte. Acompanhe sua freqüência cardíaca e sua evolução em cada treino
para avaliar se está se desenvolvendo no ritmo certo, dar feedback para seu
treinador e correr suas provas.
15.VOCÊ PODE CORRER NA CHUVA.
Mantenha seu cronograma de treinamento e treine em dias de chuva. Seque-se e
vista roupas secas imediatamente após o fim do treino e não haverá problemas.
Mas cuidado! Se estiver com a imunidade em baixa – ter tido resfriado nas
últimas semanas, por exemplo – é melhor correr outro dia. Se for uma chuva
muito forte,também há o risco de raios e queda de árvores, além de o trânsito
ficar mais perigoso, se for correr na rua.
16.TREINE LADEIRA ACIMA.
É um treino excelente para o trabalho específico de força. Para vencer mais
facilmente as subidas nas provas e nos treinos, incline levemente o corpo à
frente.
17.EVITE LADEIRA ABAIXO.
Descidas castigam as articulações, pois aumentam o impacto e forçam a abertura
das passadas. Nas provas, quando não pode fugir delas, mantenha o equilíbrio e
não aumente o tamanho da passada nem a velocidade.
18.AUMENTE A CARGA EM APENAS UMA DIREÇÃO.
Os treinos intervalados podem evoluir de três formas diferentes: diminuição dos
tempos das voltas, diminuição do tempo de recuperação ou aumento de repetições,
mas você deve aumentar a carga apenas em uma direção por vez e de forma
gradativa, pois, juntamente aos treinos longos, o intervalado é o tipo de
treino que tem maior possibilidade de causar mais lesões.
19.ALTERNE OS TREINOS DE INTENSIDADE ALTA.
A combinação de treinos intervalados e fartlek gera benefícios mais rápidos do
que fazer somente os fartlek e com menos lesões do que fazendo somente os
intervalados. Alterne fartlek numa semana e intervalados na outra.
20.INTERVALADOS SÓ APÓS TRÊS MESES DE TREINO.
Comece a fazer treinos intervalados somente depois de três a seis meses de
treinamento, dependendo da condição física e do histórico esportivo, pois são
treinos desgastantes, que exigem bastante disciplina.
21.NÃO COMPARE OS TEMPOS DOS LONGOS.
Evite comparar os tempos dos longos, pois o objetivo não é ganhar velocidade e
sim aumentar o volume sangüíneo, adequar o organismo aos gastos de glicogênio
nos exercícios de longa duração e ensinar o corpo a utilizar gordura como fonte
de energia.
22.UM LONGO NÃO É UMA ETERNIDADE.
Não corra mais do que três horas seguidas, ou cerca de 30km, pois isto força
seu corpo e desgasta seus ligamentos sem trazer benefícios a mais. Além disso,
os longos têm que ser, no máximo, um por semana e não devem ser maiores do que
o dobro do segundo treino mais longo.
23.FAÇA A SEGUNDA METADE MAIS RÁPIDA.
É o chamado treino progressivo e deve ser utilizado nos longos. A estratégia
serve também para as provas, pois economiza energia para o final.
24.MANTENHA A MÃO FECHADA.
Você deve correr com a mão fechada, mas não apertada. A medida é como se
segurasse um canudo de papel sem amassar.
25.MOVIMENTE OS BRAÇOS JUNTO AO CORPO.
Os braços devem se mover junto ao corpo, formando um ângulo de 90º no cotovelo.
Os ombros devem ficar relaxados.
26.OLHAR NO HORIZONTE E PASSADAS HOMOGÊNEAS.
Mantenha o olhar no horizonte e as passadas homogêneas. Isso ajuda a manter o
movimento e o corpo equilibrados, economizando energia durante os treinos e as
provas.
27.INVISTA NOS EDUCATIVOS.
Exercícios de educação corporal, como elevação de joelhos (skipping) e elevação
do calcanhar no glúteo (anfersen), ajudam a aumentar a precisão do movimento e
a criar consciência corporal. Planeje duas sessões de dez minutos de educativos
por semana.
28.A PASSADA É SUA ASSINATURA.
Não há uma medida exata do número de passadas por minuto. Cada atleta imprime
um ritmo e um comprimento à passada. Quanto mais flexível, maior a passada, e,
quanto mais preparado o atleta, mais constante o ritmo e maior o número de
passadas por minuto, mas mesmo entre atletas de mesmo nível, as passadas variam
de tamanho e ritmo.
29.SIMULE AS CONDIÇÕES DA PROVA.
Para quem está se preparando para uma prova específica, vale a pena simular as
condições da prova, como o horário de acordar e de correr, o relevo do
percurso, a hidratação e a suplementação, no caso de provas mais longas. Este
treino, no entanto, deve ser realizado pelo menos um mês antes da prova, para
dar tempo de o corpo se recuperar.
30.DIMINUA O VOLUME ANTES DAS PROVAS.
Descanse antes das provas e isto não vale apenas para os iniciantes. Quanto
maior a prova e o desgaste dos treinos correspondentes, mais tempo de descanso
para chegar à prova em boas condições. Para a maratona, é aconselhável fazer o
último treino longo três semanas antes da prova; para provas mais curtas, como
a de 10km, o descanso é de quatro a sete dias.
31.RESPEITE SEUS LIMITES DURANTE A PROVA.
Não hesite em diminuir o ritmo ou até andar, se estiver apresentando sinais de
fadiga. Não é demérito e se trata de uma questão de segurança e preservação:
você poderá correr a próxima prova em boas condições. Verifique a temperatura
média e o relevo do percurso para poder ter controle da situação quando for
correr.
32.NÃO ALTERE SUA ROTINA NO DIA DA PROVA.
Não faça nada diferente no dia da prova. Realize o alongamento do mesmo modo
que nos dias de treino e também a mesma hidratação e a mesma suplementação,
para não precisar se adaptar a novidades durante o evento. Simule nos treinos a
freqüência e o volume de hidratação e suplementação que vai utilizar durante a
prova. Beba de 150ml a 250ml de água a cada 15 minutos depois da primeira hora
de prova.
33.NÃO ADOTE METAS RÍGIDAS.
Para não avaliar negativamente sua participação nas provas e não enfrentar
frustrações à toa, não estabeleça metas rígidas, como um tempo específico.
Estabeleça metas alternativas ou abrangentes, como completar a prova ou
terminá-la em certo intervalo.
34.VÁ PARA A PROVA COM SUA TÁTICA DEFINIDA.
Conheça o percurso e seus limites e vá para a prova com uma meta definida.
Mentalize quais podem ser os problemas a serem enfrentados e as possíveis
reações. Nas provas longas, controle a ansiedade e comece devagar, até encaixar
o ritmo.
35.AQUEÇA ATÉ 30 MINUTOS ANTES.
Não aqueça muito antes da prova, pois, dependendo do tempo, corre o risco de
iniciar a corrida já desaquecido.
36.LARGUE ATRÁS. Na
largada, não fique próximo ao pelotão de elite, a menos que esteja nele.
Procure um local atrás, onde possa desenvolver seu ritmo sem atropelos e sem
ser atropelado.
37.NÃO APERTE MUITO O CADARÇO.
Cadarços muito apertados podem irritar a pele, comprimir os tendões ou até
mesmo prejudicar a circulação, causando inchaços. Mas cuidado para não deixar frouxo
e ter que parar para amarrá-los. Para resolver isso, passe o cadarço na última
casela do tênis e volte para a penúltima, onde poderá amarrar forte sem apertar
o pé.
38.PARA DEPOIS DA PROVA.
Aplique uma sessão de massagem e uma de gelo nos principais músculos, para
recuperar do desgaste e prevenir inflamações. O gelo age como um
antiinflamatório natural.
39.DESCANSE TRÊS DIAS APÓS A PROVA.
Não se deve treinar nos três dias posteriores a uma prova longa como a
maratona. Apenas caminhe ou trote de leve neste período.
:: PREPARE SEU CORPO
40.VARIE OS TREINOS COMPLEMENTARES.
A variação no programa de condicionamento físico produz melhores resultados no
longo prazo, pois o corpo não tem tempo de se acostumar com o mesmo exercício e
entrar na zona de conforto.
41.PREPARO MUSCULAR É ESSENCIAL.
Os exercícios de força aumentam a tonicidade dos músculos, o que aumenta a
precisão e a segurança do movimento e corrige desequilíbrios musculares entre
os membros e entre os grupos superiores e inferiores. Faça duas ou três sessões
semanais de trabalho muscular com carga baixa e média. As regiões mais
importantes são a dorsal e a abdominal, que ajudam a absorver os impactos da
corrida, aliviando a pressão sobre os ossos e tendões.
42.FIQUE DE OLHO NA FREQÜÊNCIA BASAL.
Verifique sua freqüência cardíaca ao acordar: se ela estiver dez ou mais
batimentos por minuto acima da média, pode ser um indício de que não se
recuperou do treino anterior. Para medir a freqüência, utilize os dedos
indicador e médio -não use o polegar, pois há pulsação e isso confunde a
medição –, pressione a artéria radial no lado interno do pulso, ou na traquéia
no pescoço.
43.NUNCA FAÇA TRABALHO MUSCULAR APÓS A CORRIDA.
Depois de correr, os músculos estão precisando de descanso. Agende suas sessões
de trabalho muscular em dias alternados com a corrida, ou no início do dia, se
correr à noite.
44.GANHE EQUILÍBRIO MELHORANDO A PROPRIOCEPÇÃO.
Treine a propriocepção, que é a capacidade de traduzir as deformações mecânicas
do ambiente e modular respostas adaptadas, que conferem equilíbrio e harmonia
ao movimento e ajudam a prevenir lesões, mesmo em superfícies irregulares.
Séries de saltos com giros de 180º, com os olhos vendados, de agachamentos
unilaterais e de ultrapassagem de obstáculos podem ajudá-lo a melhorar sua
propriocepção. Faça os exercícios descalço.
45.REAPROVEITE A ENERGIA DO IMPACTO COM A PLIOMETRIA.
Condicione seus músculos a reaproveitar ao máximo a energia utilizada e gerada
na corrida, transformando o impacto em impulsão. Isso é conseguido com os
treinos de pliometria, que utilizam o reflexo de alongamento para produzir uma
reação explosiva.
46.ALONGUE NA HORA CERTA.
Alongar músculos desaquecidos pode trazer problemas. Trote levemente e faça
alguns exercícios para as articulações antes de alongar. Não comece a alongar
imediatamente após o fim dos treinos, trote e caminhe durante alguns minutos
antes de começar a se alongar.
47.EVOLUA GRADUALMENTE NO ALONGAMENTO.
Não exagere no alongamento, pois pode estirar as fibras. A condição geral
melhora gradualmente. Faça de duas a quatro repetições curtas, de cinco a dez
segundos de cada posição.
48.EM DIAS FRIOS, O AQUECIMENTO DEVE SER MAIS LONGO.
Em dias frios o aquecimento, que normalmente dura de quatro a seis minutos, tem
que ser um pouco mais longo, podendo durar até doze minutos, dependendo da
temperatura. Se puder, utilize um casaco durante o aquecimento, mas, depois de
aquecido, corra sem ele, substituindo-o por uma camisa de manga longa.
49.VALORIZE AS ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO.
Existem atividades que auxiliam o processo de recuperação, seja por atuarem
diretamente sobre os músculos sobrecarregados, como as massagens, ou por
auxiliarem no processo de baixar a tensão e o estresse, como tai chi chuan,
acupuntura e yoga. Mas cuidado! Não inicie nenhuma destas atividades na semana
que antecede uma prova, pois, por não estar acostumado, pode não se adaptar
muito bem a alguma delas e ter problemas para correr a prova.
50.DURMA SETE HORAS POR NOITE.
Não há uma medida universal, mas dificilmente o seu corpo se recupera dos
desgastes com menos do que isso. Mas quantidade não é tudo, elimine
perturbações para atingir um sono mais profundo e regenerativo.
:: EQUIPAMENTOS
51.NÃO “BATIZE” UM TÊNIS NOVO NA CORRIDA.
Compre o par de tênis que vai utilizar em uma prova pelo menos três semanas
antes do evento, para poder se acostumar ao calçado e não ter problemas de
aperto, desconforto ou lasseamento excessivo durante a corrida. Ande alguns
dias com ele, depois faça algumas sessões de treinamento para, só então,
colocálo para ser usado nas provas.
52.TRILHAS PODEM QUEBRAR A MONOTONIA.
Quando for realizar um treino de média intensidade e em grupo, uma opção para
quebrar a monotonia são os treinos em trilhas e os off-road, que, além de
introduzirem um elemento de aventura, promovem uma variação de ritmo na
corrida. Mas cuidado! Procure trilhas conhecidas, utilize tênis apropriados e
corra à luz do dia para não ter acidentes e lesões.
53.INCLINE A ESTEIRA EM 1%.
Esteiras são aliadas dos corredores, pois causam menos impacto, dão mais
estabilidade de ritmo e de movimento e mais segurança. Para minimizar as
diferenças da corrida na rua, corra com 1% de inclinação para aumentar o
esforço, pois elas não reproduzem exatamente o mesmo esforço da corrida na rua.
54.FACILITE O MONITORAMENTO DO TREINO COM UM
FREQÜENCÍMETRO. Monitores cardíacos facilitam o
acompanhamento do ritmo dos seus treinos. A vantagem é que basta olhar o
mostrador para ter a informação imediata, sem precisar parar o treino para
medir o pulso. Existem várias marcas e modelos, desde os mais simples e em
conta, mas que informam com precisão a freqüência cardíaca, até modelos que
medem a distância percorrida (GPS) e até mesmo o VO2max.
55.USE ROUPAS LEVES E CONFORTÁVEIS.
Use camisetas de nylon, dryfit ou de coolmax, que possibilitam secar o suor
mais rapidamente e são leves. Evite as de algodão e as apertadas. As de algodão
são mais pesadas e demoram a secar. As apertadas podem lhe causar irritações e
assaduras.
56.NO FRIO, AQUEÇA AS MÃOS E A CABEÇA.
Utilize luvas, bonés e gorros, pois você perde calor pelas extremidades do
corpo. Pode usar também calça de lycra e camisa de manga longa do mesmo
material das camisetas ou um casaco corta-vento. Não use roupas de algodão,
pois demoram a secar, nem corra com muitas roupas. Moletons devem ser
utilizados apenas para se aquecer e para vestir imediatamente após os treinos,
para evitar resfriados.
57.PROTEJA-SE DO SOL. Não
corra em horários em que o sol esteja a pino, prefira correr no começo da manhã
ou no final da tarde. Se o dia estiver muito quente, mesmo nestes horários,
utilize boné ou viseira e protetor solar nos braços.
:: VIAGEM
58.MANTENHA-SE HIDRATADO NO AVIÃO.
O ar-condicionado dos aviões faz o ambiente ficar em média 20% mais seco, o que
faz as pessoas perder mais água pela pele. Durante o vôo, mantenha-se
hidratado, bebendo água, sucos, água de coco e isotônicos.
59.LEVE UM AGASALHO NA VIAGEM.
Resfriados são comuns em viagens. Procure levar um agasalho caso sinta frio no
avião ou no ônibus.
60.CAMINHE DURANTE A VIAGEM.
Tente não ficar muito tempo sentado. A cada hora, levante e caminhe no corredor
do avião ou do ônibus para não ter problemas de circulação.
61.CUIDADO COM O FUSO HORÁRIO.
Quando a viagem for para outro continente, planeje com cuidado a sua adaptação
ao fuso horário. Verifique a diferença em relação ao horário da cidade onde
mora para começar a se preparar antes mesmo de viajar. Assim, se for para a
Europa, comece a dormir e a acordar duas horas mais cedo pelo menos dez dias antes
para ter menos diferença para se adaptar quando viajar. Como regra geral, até
duas horas de diferença não causam alterações significativas, mas a partir de
três horas já é necessária uma adaptação de pelo menos 48 horas, período que
aumenta com o aumento da diferença de fuso.
62.VIAJE COM ANTECEDÊNCIA.
Quando for correr em outro estado ou país, planeje a viagem para uma semana
antes do evento, para ter tempo de se recuperar de desgastes e mal-estares. Se
não for possível, viaje o quanto antes e se concentre nas atividades de
recuperação. Durma um pouco mais antes de viajar e depois que chegar ao local
da prova. Evite exageros e exposição excessiva ao frio e ao sol.
63.PLANEJE SUA ALIMENTAÇÃO.
Quando for viajar para outro país, verifique a alimentação disponível no local,
pois a diferença da comida pode causar problemas e prejudicar sua participação
na prova.
:: NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO
64.COMA DURANTE OS TREINOS LONGOS.
Para quem corre provas longas, a suplementação de carboidratos deve ser uma
rotina nos treinos com mais de uma hora (na prova, a partir de 40min). Corridas
menores não precisam de suplementação nem de dose extra de carboidratos. Não
adianta nada e pode atrapalhar. Não coma alimentos ricos em fibras antes de
correr, pois estimulam o intestino e você pode sentir algum desconforto.
65.ALIMENTE-SE LOGO DEPOIS DE TREINAR.
Coma imediatamente após o treino para começar a se recuperar. Ingira alimentos
fontes de carboidratos de alto índice glicêmico, por exemplo pão com geléia,
com mel ou goiabada.
66.A MAIOR PARTE DA DIETA DEVE SER COMPOSTA DE
CARBOIDRATOS. A dieta cotidiana dos corredores tem
de ter entre 60% e 65% do volume calórico concentrado em carboidratos. Se for
disputar provas longas, tem de fazer um estoque extra de glicogênio aumentando
esta participação para 70% a 75% da dieta.
67.GORDURAS E PROTEÍNAS NA DOSE CORRETA.
A participação das proteínas na dieta cotidiana do corredor tem de ser entre
15% e 20% do total do volume calórico, ou de 1,3g a 1,7g por quilo de massa
corporal. As proteínas servem para manter a produção dos tecidos e auxiliar no
processo de recuperação do organismo. A gordura deve compor entre 10% e 15% do
volume calórico e, ingerida nas quantidades corretas, é uma importante fonte de
energia e também participa da regeneração do tecido muscular.
68.MINERAIS E VITAMINAS SÃO ESSENCIAIS.
Mesmo sem prover energia para o corpo, os minerais e as vitaminas entram nos
processos químicos para a correta utilização dos outros nutrientes, por isso
são imprescindíveis. Suplementos vitamínicos podem ser utilizados, mas na
dosagem diária correta.
69.NÃO EXAGERE NOS ISOTÔNICOS, NEM NA ÁGUA.
A composição dos isotônicos favorece a hidratação, pois contém carboidratos
numa concentração que facilita a absorção intestinal, mas ele tem que ser
utilizado de forma adequada para não sobrecarregar os rins com excesso de
minerais. Por outro lado, não se pode ingerir água sem a correta ingestão de
sais, principalmente sódio, cuja falta causa hiponatremia, mal raro, mas
perigoso. Beber só água ou água em excesso também pode diminuir a concentração
de sódio no organismo. Alterne água e isotônicos.
70.ACERTE O HORÁRIO DA ALIMENTAÇÃO E DOS TREINOS.
Não corra em jejum, faça pequenas refeições e não fique mais de três horas sem
comer. Quando realizar uma refeição grande, espere pelo menos 1h30min para
iniciar a corrida; já com um pequeno lanche, o prazo é de 40min. Para quem
corre à noite, é indicado jantar logo após o treino, para completar pelo menos
duas horas antes de se deitar. Neste caso, evite consumir gordura, porque a
digestão é mais lenta. Para quem corre de manhã, alimente-se bem no dia
anterior, para não sentir fome no treino.
71.NÃO UTILIZE SUPLEMENTOS SEM ORIENTAÇÃO.
Se tiver interesse em utilizar suplementos mais complexos, como BCAA ou creatina,
consulte o nutricionista, que poderá prescrever uma dieta adequada às suas
necessidades e sem riscos. Evite também as dietas da moda. Elas não levam em
consideração o equilíbrio entre os grupos de alimentos e podem prejudicar sua
saúde.
72.BEBIDAS ALCOÓLICAS DESIDRATAM.
Com a ingestão de álcool, a diurese é estimulada, o que causa perda excessiva
de água. Evite excessos e, quando ingerir bebidas alcoólicas, beba água. Evite
bebidas alcoólicas antes dos dias de treinos de alta intensidade, de longos e
de provas.
:: COMPORTAMENTO
73.EVITE CORRER COM SEU CÃO.
Correr com o cachorro pode ser uma boa oportunidade de variar o treino, mas
evite esta prática. Mesmo que seu cachorro seja bem adestrado, há o risco de
outros animais encrencarem com ele na rua e causarem problemas. Os treinos
longos também podem prejudicar a saúde do cão.
74.DIVIRTA-SE CORRENDO.
O treino deve ser prazeroso, se não, há algo errado. A melhora da forma é
apenas o resultado do processo. Seja criativo para quebrar a monotonia dos treinos,
variando os locais de treino, treinando em grupo uma vez por semana e
estabelecendo prêmios para si mesmo quando completar uma boa semana de treinos.
75.BUSQUE INFORMAÇÕES. Você
pode ter um técnico permanente para acompanhá-lo, ou obter orientação inicial
para definir o treinamento e depois seguir sozinho ou ainda montar seus
próprios treinos. Em qualquer um dos casos, no entanto, informe-se lendo
livros, revistas e portais na internet para entender os benefícios do treino,
avaliá-lo e torná-lo mais seguro e eficiente.
76.CUIDADO COM O VOLUME DO SOM.
Além de prejudicar a audição, ouvir música muito alta nos treinos coloca em
risco sua segurança, pois lhe impede de escutar sons que podem indicar perigo.
É melhor não escutar música nas corridas na rua, mas, se não conseguir correr
sem os fones, corra na esteira.
77.CORRA NA CONTRAMÃO.
Corra na direção contrária à dos carros, para poder ter o tráfego no seu campo
de visão e garantir a antecipação de situações de risco.
78.EVITE A POLUIÇÃO. Evite
correr em ruas movimentadas e em horários de pico, com muitos veículos poluindo
o ar. Prefira correr de manhã, quando o ar apresenta menos poluentes; à noite,
o ar está mais poluído e seco. Se o ar estiver muito desfavorável, treine na
academia.
79.NÃO HÁ IDADE PARA COMEÇAR.
A corrida é um exercício composto de movimentos naturais e é bem assimilada
mesmo por pessoas sedentárias durante muitos anos, requerendo apenas a
adaptação do volume e da carga para cada caso. Pessoas com mais de 40 anos têm
de dar atenção aos exercícios de força, pois, a partir dessa idade começa um
processo de perda de massa muscular, que pode prejudicar a corrida.
:: MOTIVAÇÃO E CONCENTRAÇÃO
80.PROMOVA UMA MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA.
Não adianta sair correndo e manter outras práticas contraditórias, como fumar,
alimentar-se de maneira errada e dormir pouco. Utilize a corrida como vetor
desta mudança.
81.NÃO TORNE O TREINO UM FATOR DE ESTRESSE.
Desenvolva o hábito de corrida. Procure correr sempre no mesmo horário para seu
corpo ter mais facilidade em assimilar os treinos. No início, escolha um
horário que tenha disponibilidade, para o treino ser um elemento de relaxamento
mental e não parecer uma obrigação chata ou mais um fator de estresse em sua
vida.
82.TENHA UM PLANO DE LONGO PRAZO.
Suas planilhas podem ser alteradas, afinal muitos imprevistos acontecem, mas
tenha clara sua meta de longo prazo para poder avaliar sua evolução. Estabeleça
um foco preciso, que pode ser completar uma prova ou perder determinado peso em
certo período, por exemplo. Correr sem um objetivo claro pode minar seu
entusiasmo.
83.EVOLUA PASSO A PASSO.
Elabore uma série de objetivos intermediários relativamente fáceis de se
realizar. Ao ultrapassar cada etapa, terá estímulo para completar a próxima.
84.BOTE O PÉ PARA FORA DE CASA.
Force-se a sair de casa para treinar. Quando estiver lá fora, a vontade de
correr fala mais alto.
85.AUMENTE SUA CONCENTRAÇÃO.
Algumas técnicas podem ajudá-lo a aumentar a concentração para cumprir seus
treinos. Coloque uma bola de tênis sobre a televisão e tente se concentrar em
sua imagem durante 2 ou 3 minutos, primeiro com a televisão desligada, depois
com a imagem ligada e o som desligado e, em seguida, com imagem e o som
ligados. Isso pode ajudá-lo a aumentar a concentração para visualizar o
cumprimento de sua meta com sucesso.
86.SUPERE DIFICULDADES DURANTE AS PROVAS.
Utilize técnicas mentais para superar dificuldades durante as provas ou durante
treinos duros. A mais indicada é a técnica associativa, que consiste em se
concentrar na dificuldade e buscar na experiência pessoal e nos estímulos
próprios relacionados à preparação elementos para vencer a dor e o desprazer.
Há também a técnica dissociativa, que pode ajudar dependendo da situação,
quando o desconforto for menor, que consiste em desviar o pensamento, buscando
idéias agradáveis fora da situação real, como uma viagem prazerosa, um encontro
amoroso, entre outros.
87.LEMBRE-SE DE SUAS MELHORES CORRIDAS.
Para fazer seus treinos e para se concentrar para a prova, lembre-se de suas
melhores corridas e do prazer que sentiu com seu resultado. Isso ajuda a
aumentar sua confiança. Durante a prova, no entanto, concentre-se apenas
em sua corrida, para não carregar o peso da comparação.
88.TENHA SUA RESPOSTA NA PONTA DA LÍNGUA.
Descubra a resposta para a pergunta: “Por que corro?”. E a tenha sempre em
mente quando enfrentar dificuldades para ir correr, como preguiça ou
desmotivação.
89.CORRA PROVAS INTERMEDIÁRIAS.
O desafio competitivo das provas pode trazer motivação e estímulo e melhorar
sua performance na prova principal. Mesmo em um treino bastante motivado, não
se consegue atingir a mesma performance de uma prova.
:: PREVENÇÃO, EXAMES E LESÕES
90.FAÇA EXAMES ANTES DE COMEÇAR A TREINAR.
Faça um exame ergoespirométrico antes de iniciar seus treinos – ou se ainda não
fez e já treina – para verificar as condições do aparelho cardiovascular,
detectar fatores de risco e definir os limiares de treinamento e a faixa exata
na qual deve treinar. Caso isso não seja possível, faça um teste ergométrico,
que avalia a existência de cardiopatia, para diminuir o risco da corrida. Se
não há como fazer exames ergoespirométricos ou ergométricos, faça, pelo menos,
uma avaliação clínica bem detalhada. Nela muitos problemas e riscos podem ser
detectados.
91.ESTABELEÇA UMA ROTINA DE EXAMES.
O atleta enfrenta mais desgaste, com os treinamentos. Assim, é indicado
estabelecer uma rotina de exames. Para atletas em perfeito estado de saúde, que
seguem o treinamento com disciplina, podem ser realizados exames a cada dois ou
três anos e, para atletas que tenham um ou mais fatores de risco, é indicado um
check-up anual.
92.CUIDE DAS CÃIBRAS. A causa
mais comum para cãibras musculares é a perda de sódio e líquidos. Se sentir
cãibras em um treino ou prova, alongue a região para neutralizar a contração.
Depois massageie a área, para estimular a corrente sangüínea. Para a
recuperação, descanso e reidratação com líquidos que contenham eletrólitos,
particularmente sódio.
93.OUÇA SEU CORPO.
Desconfortos e dores podem indicar que algo está errado. Um resfriado e uma dor
fraca podem ser solucionados com um dia de descanso, mas, se isso não ajudar e
o mal-estar persistir, procure um especialista. Não tente treinar sem se sentir
bem: é melhor tirar uns dias antes de se machucar seriamente do que precisar
ficar parado mais tempo com uma lesão séria.
94.DÊ TEMPO ÀS SUAS ARTICULAÇÕES.
As articulações se adaptam aos aumentos de carga algumas semanas mais
lentamente do que o aparelho cardiovascular e do que os músculos. Assim, mesmo
que esteja se sentindo “forte” e bem preparado, não aumente a carga mais do que
o indicado em sua planilha, ou mais de 10% por semana.
95.EVITE O CONCRETO. Evite
correr no concreto. Este é o pior piso para suas articulações, pois não absorve
nenhuma parcela do impacto. Dos pisos duros, o asfalto é o mais indicado, mas
cuidado com os carros. O correto é utilizar pisos macios, como grama e terra
batida, em pelo menos uma das sessões de treinos semanais.
96.USE UM CALÇADO DE UM NÚMERO MAIOR.
Bolhas, unhas pretas e encravadas costumam atormentar os atletas. Com os
treinos, ocorre uma vasodilatação e o pé incha um pouco causando o aperto se o
número for justo. Cortes da unha que deixam pontas também podem causar
problemas deste tipo.
97.EVITE AS PRINCIPAIS LESÕES.
Fascite plantar (dor na sola do pé, próximo ao calcanhar), inflamação da canela
(periostite tibial), síndrome da banda íleo-tibial, fraturas por estresse
(microfraturas que tornam o osso frágil) e tendinite no tendão de Aquiles e nos
tendões de patela podem ser evitados com músculos fortes, aquecidos e
alongados, treinos na dose certa e piso e tênis adequados. Se tiver estes
problemas, compressas com gelo ajudam, mas os tratamentos podem envolver também
fisioterapia, medicação e repouso, que varia de acordo com a extensão de cada
lesão. No caso da corrida, poucas lesões são traumáticas, mas, dependendo da
gravidade, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.
98.CUIDADO REDOBRADO NO ESCURO.
Muito cuidado quando for correr depois de anoitecer. Além da segurança do local
onde corre, é preciso redobrar a atenção com desníveis, buracos e obstáculos
que podem passar despercebidos e causar acidentes e lesões.
99.EXISTE GANHO SEM DOR.
O atleta não precisa de dor para melhorar sua performance, nem nos treinos nem
nas provas. Nas provas, no entanto, com o acúmulo do ácido lático e com a
sobrecarga, pode ocorrer uma dor pontual nos músculos de fadiga, mas que não
precisa ser uma lesão. Depois do descanso essa dor deve passar e não voltar.
100.DORES NO PEITO, ESTÔMAGO OU BRAÇO PRECISAM DE
ATENÇÃO. Dores no peito, estômago ou no braço
podem ser sintomas de problemas de circulação e apresentam probabilidade de
serem sinais de doenças coronarianas e infarto. Pode existir a dor típica, no
meio do peito, de curta duração, com sudorese excessiva, o que facilita o
diagnóstico, mas o problema pode apresentar-se de maneira não típica, como uma
dor no estômago ou no braço. Identificando qualquer dor deste tipo, ainda mais
se apresentar outros fatores de risco, procure um especialista.
Fonte: http://www.saudenarede.com.br/?p=av&id=100_dicas_para_um_treino
muito bem...é que a gente sabe, a gente sabe...mas às vezes parece que nos esquecemos de coisas bem importantes e até básicas, e é sempre bom lembrar!
ResponderEliminaré isso mesmo Ana ... foi o que eu pensei ! beijinho
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