20 Kms Cascais

Domingo às 8h30 já estávamos em Cascais, eu o Carlos e o Jorge para nos encontrarmos com o grupo do Portugal Running....

Penso como tudo evolui porque dantes íamos para as provas os três e encontrávamos amigos pelo caminho... amigos corredores que vamos fazendo ao longo do tempo e embora não sejamos íntimos não deixam de ser amigos!

Agora quando começamos já nos preocupamos em  ir um grupo, depois vão-se juntando mais e mais e mais....

O desporto sempre foi bom para o convivio mas a corrida é um elo forte que se vai criando e acabamos por "sofrer" as dores uns dos outros.... pelo menos dos mais próximos.

Fico contente com esta evolução, é mais gratificante assim...

Comecei a minha prova com os que estavam mais próximo de mim como o Carlos (claro!), o Jorge, o Vital, a Carla e a Paula. A Carla começou a ressentir-se do joelho com uma lesão ainda fresca e teve que desistir. O Carlos e o Jorge foram ficando um pouco atrás a acompanhar a Paula porque ela começou a correr há pouco tempo e não aguenta uma pedalada muito rápida.... vai com o tempo!

Eu e o Vital fomos mais à frente. Queria acompanhá-lo pelo menos gostava... Fez comigo uma das suas primeiras provas, "Corre Jamor" em Outubro de 2011, e nessa altura muito atrapalhado com a respiração ofegante e pouco controlada, agora está uma maravilha.... Fez os seus primeiros 21kms em treino comigo e agora ia fazer a 1ª prova de 20kms... eu estava a torcer, claro!!!

AMMA sempre em acção :-)

Logo quase de inicio encontrei o Mário Lima que se juntou a nós e fomos juntos praticamente toda a prova, um pouco atrás umas vezes, outras à frente e ainda consegui dar uma aceleradela para tirar uma foto :-) 

Vital Lacerda com o Mário Lima

Senti-me bem, correu bem e o Vital estava cheio de pica e na ultima subida passou para a frente ficando eu com o Mário mais atrás. Ele acabou por cortar a meta com cerca de 2 minutos a menos em relação a mim. Parabéns Vital pela tua estreia. Para mim foi muito bom reencontrar o Mário Lima com quem gosto de conversar e como somos faladores estamos sempre na palheta :-)

Foto gentilmente tirada pelo Fábio Pio

O Carlos e o Jorge permaneceram mais atrás para acompanhar a Paula, o resto do grupo perdi-os de vista, mas no fim tiramos uma bela "foto de família" ;)

Foi pena o Fábio ter ficado de costas mas não o vimos... só depois da foto tirada :-(

Bento Quaresma, Pedro da Silva, Carlos Pereira Dos Santos, António Quaresma, Margarida Fernandes, Carla Teixeira, Luís Afonso, Carlos Renato, Vital Lacerda, Jorge Almeida, Carla André, Paula Marques e Armando Cardoso em Cascais.

Objectivos e treino ...... (rascunho do baú)

Um rascunho do Carlos....  :-)

Já fora de contexto porque foi escrito em 2009 mas que não poderia deixar de publicar!

Ora cá estou eu a escrever neste blogue pela primeira vez não por falta de assunto mas mais por falta de paciência.

Embora a Henriqueta não deixar de me dizer para escrever as minhas ideias, hoje decidi colocar aqui algumas das considerações que tenho acerca do treino baseado em objectivos, ou melhor naquilo que deve ser a definição dos objectivos pelo menos no meu ponto de vista.

Comecemos pelos objectivos, algo que parece óbvio, todos nós temos objectivos quando começamos a correr, algo que parece óbvio mas que muita gente não pensa demasiado em todos os factores que estão adjacentes a esses mesmos objectivos senão vejamos um exemplo.

Quando se corre com o objectivo de melhorar os tempos deveremos ter em consideração vários factores sendo o mais importante a avaliação dos nossos próprios limites, sim porque por mais que se treine a maioria de nós nunca fará 35 minutos em 10kms. Isto parece derrotista mas é a realidade.

Para se atingir essa marca temos de estar numa boa condição muscular e isso penso que com o treino conseguimos atingir.

Outro dos requisitos é ter uma boa condição cardio-respiratoria e aqui a "porca torce o rabo", quem andou a fumar dois maços de tabaco por dia dificilmente atinge uma boa condição cardio-respiratória e embora consiga melhorar as suas performances nunca irá atingir marcas significativas em corridas de fundo.

Outro factor é a técnica de corrida, e isso embora se possa treinar é difícil de corrigir quando se passou anos a formar toda uma estrutura óssea e muscular de uma determinada forma, alterá-la com treinos, talvez com treino especifico e após muitos anos isso se conseguisse mas para muitos de nós nessa altura já não teríamos condição para correr.

Por fim temos a genética, ora bolas essa é tramada., todos nós geneticamente estamos preparados para algo e ao nível da corrida podemos ter aptidões para sermos  velocistas,  fundistas ou fazermos ambas as coisas de forma mediana, embora a minha experiência com pessoas que vim conhecendo ao longo da minha vida geralmente apenas encontro pessoas vocacionadas para uma ou outra especialidade, muito embora com a idade algumas características se alterem um pouco, ou seja um velocista tende a aproximar-se dos requisitos de um fundista.

Posto o anterior exposto e voltando ao tema inicial, cada um deve ser realista nos objectivos a que se propõe e de alguma forma fazer com que eles sejam atingíveis, sem que se corra riscos ao nível de saúde porque na realidade quando se procura objectivos irrealistas estaremos a por em causa a nossa saúde.

Portanto, após se definir os objectivos teremos a vertente do treino e de como deveremos treinar para atingir esses mesmos objectivos e aqui mais uma vez teremos de ter em consideração que o treino é importantíssimo para a preservação do nosso estado físico, as lesões são mais frequentes nos treinos do que nas provas é bom não esquecer isso. 

Como os objectivos podem ser múltiplos e variados vou dar o exemplo do que foi o nosso plano de treinos no ano passado e de como foram planificados.

Comecemos pelos objectivos:

1º - Iniciar em Setembro de 2009 um treino para cumprir a nossa 1ª meia maratona em Dezembro de 2009

2º - Fazer a Meia maratona em 2 horas (objectivo opcional)

3º - O plano de treinos não deveria ocupar todo o nosso tempo de lazer, existe vida para alem das corridas

4º - Deveríamos fazer tudo com prazer e nunca sentir que estávamos a fazer uma obrigação.